Os alunos não são mais os mesmos. É a LÓGICA!

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Quem nunca ouviu ou já não falou a frase: “No meu tempo a escola era diferente!”?
....Nossos alunos não são mais iguais os de alguns anos atrás, é preciso rever as práticas educativas.
.....Uma grande questão, no âmbito da educação, que muito tem se discutido e estudado é a relação professor-saber-aluno. Ainda, encontramos professores ensinando seus alunos da mesma forma que aprenderam. Mas o mundo não mudou? Então o ensino precisa mudar!
....Se olharmos para o ato de ensinar e aprender atentamente, perceberemos toda a lógica da comunicação em sua essência. Temos nele os elementos da comunicação “emissor-mensagem-receptor”, representados no cotidiano escolar por professor-saber-aluno.
....A lógica da distribuição, apresentada pela francesa Marie Marchand*, separa o emissor do receptor, e predominou por todo o século passado nas fábricas, nas escolas, nas mídias, até chegar aos meios de comunicação de massa, perdendo terreno para a lógica da comunicação. Isto porque com o surgimento da denominada “sociedade da informação”, emerge o fenômeno da interatividade**, com as novas configurações tecnológicas e dimensões mercadológicas.
....Na lógica da distribuição o emissor transmite uma história, uma mensagem fechada, que é recebida de forma passiva ou inquieta pelo receptor, enquanto que na lógica da comunicação, o emissor age como um designer interativo, definindo o território a ser explorado, onde a mensagem é modificável. E, o receptor, manipula o que lhe é oferecido tornando-se co-autor ou co-criador dessa mensagem aberta.
....Ao emergir a interatividade, o receptor deixa de ser passivo diante do produto ou mensagem, e passa a dar um toque pessoal à mensagem ou ao produto, utilizando o ideário punk do “Do it yourself” (faça você mesmo). Neste momento, inicia-se a derrubadas dos arcabouços das metanarrativas, o sujeito receptor/cliente passa a valorizar temas específicos e resolver problemas que envolvam a si mesmo e a seus iguais, em redes ou tribos.
....É hora de arregaçar as mangas e mudar os discursos e as práticas docentes ainda formatados pela lógica da distribuição, permitindo que os alunos exerçam a liberdade de ser e agir diante da sua realidade e construam, com a parceria de seus professores, um mundo melhor para eles e os seus pares.


*MARCHAND, Marie. Les paradis informationnels: du minitel aux services de communication du futur. Paris: Masson, 1986.
** SILVA, Marco. Sala de aula interativa.
http://www.universia.com.br/images/docs/sala_de_aula_introducao.pdf

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