Ousadia
A televisão é o maior veículo de comunicação audiovisual das classes populares, e esse tipo de mídia possui uma linguagem específica capaz de constituir novos discursos, conteúdos e estéticas. Assim vem sendo desde a década de oitenta com a MTV.
A emissora da música, a MTV, nasceu nos EUA no dia 1° de agosto de 1981, sendo o Video "Killed the radio star”, da banda The Buggles (Inglaterra), o primeiro videoclipe exibido. Ironia ou não, este vídeo clipe argumenta sobre a decadência de um cantor de rádio devido o aparecimento da televisão.
A revolucionária proposta da MTV veio proporcionar aos jovens apreciar o visual dos seus ídolos, influenciando gerações, fazendo surgir uma estética própria, que até hoje está contida nos mais diferentes segmentos da sociedade.
Muitos atletas e celebridades têm suas imagens projetadas pela MTV, mas foram cantores como Madonna e Michael Jackson, que alcançaram status de ícones da música pop pela emissora. A polêmica performance de “Like a virgin”, de Madonna, em 1984, e o seu beijo, latinamente acalorado, com Britney Spears, em 2003, também marcaram história pela MTV.
No Brasil, a MTV possui características bem local, incorporando inclusive formatos de programas De uma grade específica da “TV aberta”. Mas alguns momentos fugiram à regra da mesmice dos programas caretões, bem à “estética MTV”, quando presenciamos a apresentação de piores videoclipes, com Marcos Mion, os beijos Gay, no “Fica Comigo”, os improvisos de “Quinta Categoria”, dentre outros bem interessantes.
O que é VideoClipe?
O videoclipe caracteriza-se por seu diferencial na forma e no conteúdo, com mixagem de diferentes linguagens, passando pela narrativa clássica do cinema, pela animação e pela linguagem do videogame. A utilização de música eletrônica, inteira ou fragmentada, é própria desta estética. A sua montagem costuma abusar de cortes sucessivos e inserção de imagens estáticas, às vezes sobrepostas, e diversos grafismos. O efeito de “colagem” de planos, quando transferidos de um a outro, provocam o efeito de (des) continuidade na seqüência de imagens.