Artigo sobre o Ensino de Teatro

 O ensino de teatro na rede pública da cidade do Rio de Janeiro: uma revisão sistemática da literatura

Este artigo sobre o ensino de Teatro foi produzido durante o período em que estava debruçado sobre as investigações da minha tese de doutoramento, tanto que ele passou a compor o trabalho final de defesa, denominado "O ensino de Teatro no Núcleo de Arte Avenida dos Desfiles: experiências e saberes docentes".

Instrumento: Revista de Estudo e Pesquisa em Educação

RESUMO
Este artigo de revisão sistemática da literatura tem como objetivo entender a situação atual do ensino de Teatro na rede pública de educação da cidade do Rio de Janeiro. A investigação emergiu da necessidade de fundamentar a pesquisa de tese de doutorado do autor. É uma pesquisa qualitativa de caráter teórico-exploratório, que realiza um levantamento das dissertações de mestrado desenvolvidas e apresentadas nos últimos cinco anos, vinculadas ao Programa de Pós-Graduação em Ensino de Artes Cênicas, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (PPGEAC/UNIRIO). A sistemática do estudo segue um protocolo que caracteriza a metodologia empregada, trabalhando com critérios específicos de inclusão/exclusão de dados, para melhor encaminhar as etapas do processo de pesquisa e análise. Verificou-se a recorrência de abordagens pedagógicas pelo jogo teatral e de improvisação, dentre outros pontos comuns que impactam nas práticas docentes.


Como citar o artigo:

ARAUJO, Lindomar da Silva. O ensino de teatro na rede pública da cidade do Rio de Janeiro: uma revisão sistemática da literatura. Instrumento: Rev. Est. e Pesq. em Educação, Juiz de Fora, v. 25, n. 2, p.365-383, mai./ago. 2023. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/revistainstrumento/article/view/41248/27698 Acesso em: __/__/___



Minha defesa de Tese de Doutorado

No dia 16 de maio de 2024 aconteceu a minha Defesa de Tese de Doutorado, no Auditório Tércio Pacitti, no prédio do CCET. Naquele momento, me tornei Doutor em Artes Cênicas pela UNIRIO.

O título da Tese é:

"O ensino de Teatro no Núcleo de Arte Avenida dos Desfiles: experiências e saberes docentes".

Convite aos familiares e amigos

A Banca de Avaliação teve a seguinte formação:

PROFA. DRA. MARIA ENAMAR RAMOS – PPGAC – UNIRIO (ORIENTADORA)

 PROF. DR. ADILSON FLORENTINO DA SILVA – PPGAC – UNIRIO

PROFA. DRA. LILIANE FERREIRA MUNDIM – PPGEAC – UNIRIO

PROF. DR. LICKO TURLE – PPGAC – UFBA/EXTERNO

PROF. DR. NARCISO L. TELLES DA SILVA – PPGE – UFU/EXTERNO

Membros Suplentes:

PROF. DR. DANIEL MARQUES DA SILVA - UFRJ / EXTERNO

PROFA. DRA. ELZA MARIA FERRAZ DE ANDRADE (PPGAC/UNIRIO)

Vídeo de leitura da Ata de aprovação da Defesa de Tese


Imagens do momento da Defesa

Doutorando Lindomar e a Doutora Enamar Ramos


O momento da Arguição pela banca avaliadora


A leitura da Ata de Aprovação


Foto com a Banca e convidados



Vídeo com resumo da Defesa de Tese

Produzido pelo doutor Lindomar Araujo


O meu agradecimento aos presentes

Sinto-me extremamente feliz por esta conquista e muito grato a todos e todas que ao longo desses quatro anos me motivaram e torceram por esse momento.

Portfólio 2023 do Núcleo de Arte Avenida dos desfiles

É no cotidiano de experiências, metodologias aplicadas e interações humanas que o corpo docente do Núcleo de Arte Avenida dos Desfiles busca desenvolver um trabalho pedagógico centrado na realidade do educando, com atenção aos avanços de estudos acadêmicos e alinhado às perspectivas curriculares da rede de ensino municipal. Sobretudo, essa dinâmica busca tratar a integração de linguagens como ação fundamental na implementação dos projetos.



Como citar este documento:

ARAUJO, Lindomar da Silva (org.). Núcleo de Arte Avenida dos Desfiles: Portfólio 2023. Programa de Extensão Educacional. Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Relatório anual das atividades pedagógicas. Rio de Janeiro, RJ, 2023. 

XXIII Colóquio do PPGAC - Comunicação Oral Presencial

XXIII COLÓQUIO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES CÊNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

"Léa Garcia, Aderbal Freire Filho e José Celso Martinez Corrêa: Eurídice, Apolo e Dionísio das artes cênicas brasileiras"


Doutorando
LINDOMAR DA SILVA ARAUJO

Título da Pesquisa
NÚCLEO DE ARTE AVENIDA DOS DESFILES: 
EXPERIÊNCIAS E SABERES DOCENTES NO ENSINO DE TEATRO 



Algumas imagens/textos apresentadas na comunicação















Arte na Linha de Frente - Livro

 

O livro "Arte na linha de frente; experiências de teatro e dança na Educação Básica no Rio de Janeiro" (vol. 1, Mauad Editora)" é um motivo de muita alegria pra mim.

Neste volume 1, escrevi um artigo com meu orientador do Mestrado, o Prof. Dr Adilson Florentino, onde abordamos um estudo que conjuga Teatro do Oprimido e Cidadania Social.



Este livro apresenta um panorama de pesquisas realizadas por professoras e professores de teatro e dança da Educação Básica, egressos do Programa de Pós-graduação em Ensino de Artes Cênicas (PPGEAC/UNIRIO – Mestrado profissional).

[a introdução do artigo]

Como citar:

ARAUJO, Lindomar da Silva, SILVA, Adilson Florentino. Teatro do Oprimido e Projeto de Vida. In: ACHCAR, Ana, ANDRADE, Elza de, COUTINHO, Marina Henriques (org). Arte na linha de frente: experiências de ensino de teatro e dança na educação básica no Rio de Janeiro. Volume 1. Rio de Janeiro: Mauad X, 2022.




XXI Colóquio do PPGAC UNIRIO - 30 anos

XXI COLÓQUIO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES CÊNICAS DA UNIRIO: A Pós-Graduação em Artes e os 30 Anos do Programa - de 22 a 26 de novembro de 2021


A minha apresentação neste Colóquio, que aconteceu virtualmente ocorreu no dia 21 de novembro de 2021, dividindo o momento com outros colegas pesquisadores do programa.



A Professora Doutora Elza de Andrade foi a mediadora da nossa mesa.


Apresentei um resumo dos primeiros escritos da minha Tese, cujo tema era 
"Núcleo de Arte Avenida dos Desfiles: história, memórias e performatividades teatrais".

e leia o resumo

Como citar:

ARAUJO, Lindomar da Silva. Núcleo de Arte Avenida dos Desfiles: história, memórias e performatividades teatrais. In: VARGAS, Aline... [et. al.]. XXI Colóquio do Programa de Pós-Graduação em artes cênicas e os 30 anos do programa. Rio de Janeiro: Ed. dos Autores, 2022.








Teatro do Oprimido: pedagogia teatral decolonial?


O artigo propõe uma investigação bibliográfica de análise reflexiva sobre a pedagogia decolonial e o Teatro no contexto escolar, para além das convenções modernas/coloniais. Se justifica por ampliar os estudos do Teatro do Oprimido na educação formal. Seu objetivo é situar essa metodologia teatral no campo das pedagogias decoloniais e verificar como ocorre as abordagens pedagógicas deste método no cotidiano das escolas. O texto se organiza em três momentos articulados: estruturas epistemológicas que sustentam o discurso da decolonialidade; reflexões sobre a noção de pedagogia decolonial; e a proposta de considerar o Teatro do Oprimido uma pedagogia decolonial. Como fontes primárias utilizamos referenciais acerca do Coletivo Modernidade/Colonialidade e a Interculturalidade Crítica em diálogo com bibliografias referentes ao Teatro do Oprimido.

Acesso o ARTIGO no link abaixo

https://periodicos.ufjf.br/index.php/revistainstrumento/article/view/30311

Referência

ARAUJO, Lindomar da Silva, Teatro do Oprimido: pedagogia teatral decolonial? Instrumento: Rev. Est. e Pesq. em Educação, Juiz de Fora, v. 23, n. 1, p. 22-41, jan./abr. 2021


Artigo no IV CONEPI – 2020

Retomada do Jogo teatral: 
um possível paradigma de avaliação

Apresentação de Pôster no IV CONEPI - Congresso Nacional em Educação e Práticas Interdisciplinares, no ano de 2020.

RESUMO 

O trabalho apresenta investigações teóricas sobre a avaliação no ensino do Teatro em contexto escolar. Desenvolve um diálogo reflexivo, considerando a avaliação formativa na perspectiva da educação formal. Aponta diferentes processos de avaliação pela linguagem do Teatro, atribuindo aos jogos teatrais o papel de objeto de referência às reflexões e análises. Indaga sobre a possibilidade de um paradigma de avaliação nas abordagens do ensino de Teatro e desenvolve a viabilidade da existência desse paradigma nas práticas de avaliação teatral.

Leia o Artigo!

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Como referenciar este artigo:

ARAUJO, Lindomar da Silva. Retomada do Jogo teatral: um possível paradigma de avaliação. In: MAMEDES, Rosilene Felix; RODRIGUES, Hermano de França (Org.). Anais eletrônicos [...]. IV Congresso Nacional de Educação e Práticas Interdisciplinares. ISBN 978-65-5886-003-7.  Contato Edições, p. 2148-2153. João Pessoa, PB. 2020. Disponível em: <https://contatosempreendimentos.com.br/site/anais-iv-conepi-2020/> Acesso em: 0 mês. 202?.


Núcleo de Arte: território de fissuras decoloniais - E-Book


 
 

O artigo, apresentado no VI CONEDU, investiga práticas cotidianas no campo das Artes Cênicas e em outros processos, que fazem intercessões com os saberes do Teatro, se apresentando em três momentos integrados: um breve contexto sobre a colonialidade do poder, com seus padrões de dominação e controle na estrutura social; descortinar indicativos sobre modos e características de um currículo decolonial; e propõe-se identificar e analisar perspectivas decoloniais em abordagens pedagógicas no Núcleo de Arte Avenida dos Desfiles.  

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Como citar o artigo: 

 ARAUJO, Lindomar da Silva. Núcleo de Arte: território de fissuras decoloniais. In: CASTRO, Paula Almeida (Org). Avaliação: Processos e Políticas. 3 v. – 1940 p. (1179-1197). ISBN 978-65-86901-08-5. Campina Grande: Realize eventos, 2020. Disponível em:  <https://professorlindomar.blogspot.com/2020/07/nucleo-de-arte-territorio-de-fissuras.html>. Acesso em: dia Mês. Ano. 

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Afinal, é DEcolonial ou DEScolonial?

Lindomar da Silva Araujo[1]

        Nos estudos sobre a colonialidade do poder, que têm grande parte dos seus referenciais teóricos ancorados nas ideias do Grupo Modernidade/Colonialidade/Decolonialidade, representado por autores como Walter Mignolo (2017), Anibal Quijano (2005) e Henrique Dussel (2005), dentre outros, encontramos constantemente uma alternância na grafia do termo “descolonial/decolonial”. Tal variação causa estranhamento, por aparecer de forma constante, levando o leitor a realizar interrupções reflexivas no curso da leitura, para analisar a partícula “de/des” no contexto. Essa dúvida semântica também mobiliza reflexões e diálogos sobre as implicações provocadas pela matriz colonial do poder, que não cessa suas investidas avassaladoras, para dominar, explorar e gerar conflitos, num processo articulado de constante avanço pelo mercado capitalista.

        Segundo Catherine Walsh (2013), as reflexões acerca dessa grafia e todo o significado que ela carrega, iniciou-se em 2004, quando a própria pesquisadora argumentou sobre a necessidade de subtrair o “S” do prefixo “des”, passando o termo descolonial à decolonial. Sua intenção era, e ainda é, fazer entender que a supressão do “des” pode indicar um desprendimento ou deslocamento definitivo do projeto moderno/colonial. Ou seja, ao retirar o "S" partícula “des”, ela tende passar a ideia de que é possível desfazer ou desconstruir algo; nesse caso, como se tomasse o colonial de assalto e o modificasse de imediato.

        O colonial nunca termina, pois apresenta-se como o monstro Hidra, de Lerna, segundo Walsh (2013), que ao ter a sua cabeça cortada, cresce-lhe imediatamente uma outra. Dessa forma, a matriz colonial/moderna avança por diferentes frentes, controlando os sujeitos nos diversos espaços de convivência social e de experiências relacionadas ao trabalho, ao sexo, à subjetividade/intersubjetividade, à autoridade coletiva e à natureza.

         Logo, é inviável se pensar a colonialidade/modernidade simplesmente numa perspectiva linear, ocidental. Como argumentou Walsh (CANDAU, 2018): “[...] não é possível, num momento estar colonizado e noutro descolonizado; o pensar descolonial é uma simplificação perigosíssima”. E, em outro momento, Walsh (2013), acrescenta que:

            [...] Suprimir o "s" é uma opção minha. Não é promover o anglicismo. Pelo contrário, pretende marcar uma distinção com o significado em castelhano do "des" e o que pode ser entendido como um simples desarmar, desfazer ou reverter do colonial. É dizer, passar de um momento colonial a um não colonial, como que fosse possível que seus padrões e traços deixassem de existir. Com este jogo linguístico, tento pôr em evidência que não existe um estado nulo da colonialidade, senão posturas, posicionamentos, horizontes e projetos de resistir, transgredir, intervir, in-surgir, criar e incidir. O decolonial denota, então, um caminho de luta contínuo no qual se pode identificar, visibilizar e alentar "lugares" de exterioridades e construções alter-(n)ativas. (WALSH, 2013, p. 24-25, tradução nossa).

        Em seminário na Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ, Catherine Wash (CANDAU et al., 2018) declara que “não importa como escrevemos, mas como fazemos. É uma ação, é um verbo: decolonizar ou descolonizar”. A autora entende que o importante é como realizar o embate diante do poder colonial e lutar frente a colonialidade do poder, do saber e do ser.

 

REFERÊNCIAS

CANDAU, Vera et al. O que é a Pedagogia Decolonial? II Seminário de formação política do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas, Movimentos Sociais e Culturais. Rio de Janeiro: Canal: TV UERJ, 2018. Vídeo. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=pw8MqYauzc0> Acesso em: 20 Mai. 2020.

DUSSEL, Enrique. Europa, modernidade e eurocentrismo. In: LANDER, Edgardo (org).  A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, 2005. p. 24-32. Disponível em: <http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/> Acesso em 20 Mai. 2020.

MIGNOLO, Walter. Colonialidade: O lado mais escuro da modernidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais. Vol. 32 n° 94 junho/2017. Disponível em < https://doi.org/10.17666/329402/2017> Acesso em: 16 Abr. 2019.

QUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder, Eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (org). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, 2005. Disponível em: <http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/clacso/sur-sur/20100624103322/12_Quijano.pdf> Acesso em: 20 Mai. 2020.

WALSH, Catherine. Pedagogías decoloniales: prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. Tomo I. Quito_Ecuador: Ediciones Abya-Yala, 2013.


[1] Doutorando e Mestre em Artes Cênicas (UNIRIO). Professor de Artes Cênicas na Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Diretor do Núcleo de Arte Avenida dos Desfiles (SMERJ).



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